sábado, 31 de agosto de 2013

Ze do Pipo no Senhor dos Aflitos

Grande arraial  e alguma polémica

A comissão de festas apostou forte; Zé do Pipo, cabeça de cartaz do arraial, trouxe muita gente ao Senhor dos Aflitos.


No entanto,  expressões musicais do cantor, como Kumole  e outras, desagradaram a alguns espectadores; acompanhados de crianças e idosos, sentiram-se incomodados  com palavrões que  ultrapassam a brejeirice das músicas de Quim Barreiros.
 
 

Este ano as festas de São Bartolomeu e a do Senhor dos Aflitos foram seguidas, a 24 e 25 de agosto, por imperativos do calendário. 
 



Na missa e na procissão do padroeiro da sede da freguesia é que não estiveram presentes, em grande número, como nas missas dominicais, os fiéis de São Cornélio e Argemil.




Diante do Lar do Senhor dos Aflitos, alguns residentes presenciam a passagem da procissão.
 
 

Devoção cumprida, o regresso a casa, em São Cornélio. Quantos terços já não terá rezado por netos, filhos e pela paz no mundo, esta linda avó, de cabelos brancos e roupa preta!
 
 
 
Falar de festa do Senhor dos Aflitos é falar de emigrantes. Agosto, na terra, é aproveitado para reviver hábitos  que fazem parte da nossa identidade cultural. Em casa da dona Joaquina advinha-se festa rija, com a visita de filhos e respetivas famílias.
 
Cabrito e batatas, assados no forno a lenha.  É assim em todas as casas em dia de festa!
 



Foto tirada pelo Emídio

A componente religiosa é marcada pelas procissões das velas e do Senhor dos Aflitos, até ao santuário, seguidas de missas. 




Para aqueles que encaram a festa apenas pelo lado lúdico, domingo proporcionou-lhes divertimento: leilão, tascas de comes e bebes, baile, arraial e fogo de artifício.

A festa mais esperada terminou em grande, este ano envolvida pela polémica em torno da música de Zé do Pipo. Ordinarice ou brejeirice?
 
 




Procissão do Senhor dos Aflitos
25 de agosto de 2013

Fotos tiradas pela esposa do Emídio e amavelmente cedidas por ele.










 

 



















segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Até que a Morte nos Separe

Bodas de ouro

O senhor Albano e a dona Fernanda festejaram, no dia de São Bartolomeu, os cinquenta anos do seu casamento.


Da festa fez parte uma missa de ação de graças.
 

Cinquenta anos depois, o casal voltou à igreja, para renovar os votos e as promessas feitas no dia do casamento.
 
 

Bênção das alianças.
 
 
O que Deus uniu, o homem não separa.
  


 
 


Hoje como ontem, atentos às palavras que lhes marcaram as vidas.
 
Uma comunhão especial: "Este é o meu sangue, tomai e bebei..."
 
 
 

Prontos para começar outros cinquenta!



O casal saudado pelos dois filhos, netos, parentes e amigos.



 
Regozijo!
Com familiares, antes do almoço festivo.
 Parabéns aos noivos!
 
  
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quando os sinos tocam a rebate

Solidariedade manifesta-se
 
 
Fogo!



Passava das catorze horas de hoje quando os sinos tocaram a rebate.



Fogo! Fogo! 
Gritavam alguns, correndo na direção do incêndio,  com baldes e sacholas, enquanto outros, atemorizados pelas chamas, se mantiveram ao longe. 



 
 
 
 
 
 



O fogo terá começado atrás do muro da casa do Zé Maria.
 
 
 
Os mais exaltados atribuem a origem do incêndio a mão criminosa; a mesma que terá ateado fogo aos fardos do Eduardo há anos atrás. No entanto, para os mais comedidos, o fogo teve origem num foguete ou numa beata.  Como ninguém viu, a cada cabeça sua sentença!



Solidariedade
A rápida intervenção da população, solidária na ação de proteção de bens dos vizinhos, evitou que os fardos do Nicolau ardessem e os animais, nas lojas, morressem queimados. Do rescaldo, sem vitimas e bens ardidos, fica apenas um susto, felizmente!
 
 
 
 

Cafés de Aldeia

Espaços de sociabilidade

Café Central, o ponto de encontro de todos os dias
 
 
Nas aldeias da freguesia - Travancas, Argemil e São Cornélio -  os cafés, à falta de outros espaços de convívio, desempenham um importante papel no processo de socialização.



Apesar da asfixia económica ter contribuído, entre outros fatores, para o encerramento do café do Amaral, em Argemil, os restantes vão sobrevivendo à crise. O Ginja tinha uma gerência simpática e era um espaço acolhedor, com lareira acesa no inverno. O seu encerramento deixa saudades aos seus habituais frequentadores.
 
 
 
Em Argemil, o primeiro café a fechar portas foi o do Paulo, reaberto recentemente, sob gerência da Marta, já depois do Amaral ter fechado o seu.
 
 
No café da Marta os homens jogam às cartas num salão, fora das vistas de quem está ao balcão. Nos outros cafés da freguesia é igual, a sala de jogos fica resguardada. No passado, nas tabernas, faziam-se apostas e jogava-se a dinheiro. Hoje, normalmente, quem perde paga a rodada em copos de cerveja ou vinho. Jogar à sueca é mais uma forma de entretenimento e de relacionamento interpessoal, onde há espaço para a má língua e o controle social.
 
 
 
Em todos os cafés há televisores para se assistir aos jogos transmitidos na TV Sport e a programas de canais codificados enquanto, na companhia de algum amigo, familiar ou vizinho, se toma uma imperial e se comem tremoços.
 

O Café Moderno, situado no bairro mais antigo de Argemil,  no fundo do povo, tem a particularidade de ser frequentado  por jovens cibernautas que, não tendo internet em casa, o procuram para navegar na net.





Argemil é das três aldeias da freguesia, aquela que tem uma população menos envelhecida. No verão são muitos os jovens, de férias na aldeia, que frequentam o café para passar o tempo, nem que seja para um jogar matraquilhos. O convívio é salutar; contribui para a socialização dos jovens e a sua integração na comunidade.




O Café Central, do Gustavo, presidente da junta de freguesia,  é o must dos cafés da freguesia. No concelho de Chaves, de Vila Verde da Raia para cima, não há outro com serviço de pay-shop, pagamentos automáticos, incluindo portagens das ex-SCUTS.



Café do Bairro, em São Cornélio, com boa esplanada virada para o vale de Chaves.


Nesta aldeia da freguesia só há este café, um bem iluminado espaço, dotado de sala de jogos e televisão.


Tantas crianças saudáveis, filhas de emigrantes, no café de São Cornélio!  Não seria melhor para o país que elas estivessem cá dentro?  Os jovens são o futuro; uma riqueza deitada fora que vai  contribuir para desenvolvimento das terras  para onde os pais emigraram!