sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Adeus de São Cornélio

Ao Carlos, baleado em Chaves

José Carlos, 39 anos, filho do senhor Humberto Outeiro, deixa viúva e filha.


Natural de São Cornélio, trabalhava em Chaves, cidade onde, na manhã do dia 17, foi encontrado morto na rua,  baleado por caçadeira.


A sua morte, pelas circunstâncias que a rodearam, foi noticiada  nos órgãos de comunicação social nacionais.



Indagando sobre a autoria do assassinato ninguém  me soube  responder. No entanto, a comunicação social fala de crime passional.



Em São Cornélio, aldeia onde residem seus pais, a comoção foi grande.


Foram muitos, além dos familiares, os vizinhos, amigos e conhecidos, das aldeias vizinhas e de Chaves,  que quiseram manifestar  o seu pesar à família enlutada, comparecendo, quer no velório, na capela, quer no funeral.


Da capela, o esquife foi levado para a igreja.


Atrás do carro funerário seguiu, em silêncio, um extenso cortejo fúnebre.


Na igreja, o senhor padre Delmino, coadjuvado por  outros sacerdotes, rezou missa de  corpo presente, por alma do malogrado Carlos.

Que diferença entre estas exéquias, pensei eu durante a Eucaristia, e as de Mário Soares nos Jerónimos,  o presidente laico que os portugueses, maioritariamente católicos e tolerantes, elegerem duas vezes Presidente da República. Há dois "Portugais", o profundo  e o da laicidade!


A igreja de São Cornélio ficou apinhada,  apesar de muitos  dos que foram ao funeral terem ficado pelo adro.


Muitos jovens, amigos, conhecidos e companheiros de trabalho do Carlos, quiseram prestar-lhe  um último adeus e subiram à montanha, até  São Cornélio.  A sua presença era  bastante visível, fazendo a diferença, relativamente a outros funerais, onde habitualmente os jovens  estão ausentes.


O cemitério de São Cornélio, morada dos que partiram para a Eternidade.


Amor fraternal


Amado filho


Um último adeus ao amigo, ao parente...


 Até sempre!


Dos nossos mortos ficam a lembrança e a saudade.


Cá fora, a vida, transitória,  continua.

À família enlutada, os meus sentidos pêsames.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Chaves 1 X 0 Sporting

       Desportivo nas  meias-finais da Taça de Portugal

O Chaves em festa no estádio municipal, após ter vencido por 1 x 0  o Sporting, em jogo a  contar para a eliminatória dos  quartos  de  final da Taça  de  Portugal.


Apesar do Grupo Desportivo de Chaves ter feito boa exibição, o golo que tombou o Sporting só surgiu a três minutos do fim do  tempo regulamentar, por cabeceamento da bola para o fundo das redes.



Carlos Ponck, cabo-verdiano, 22 anos, autor do golo que garantiu ao Desportivo  a  passagem da eliminatória.


Se o golo do Chaves, quando já se fazia contas ao prolongamento, deixou desalentados os adeptos dos Leões...


A claque do Desportivo, formada por transmontanos, de toda a região, e galegos,  aplaudiu a equipa e cantou, acalentando o sonho de o clube chegar ao Jamor, repetindo  a façanha da época de 2009/2010



Neste jogo do Desportivo de Chaves  contra   o Sporting, o coração dos de Travancas, Argemil, São Cornélio e Roriz esteve com os Valentes Transmontanos!

Chaaaaaves!!
Chaaaaaves!!


Já lá vão dois grandes - Porto e Sporting - eliminados pelo Chaves.  E  como não  há duas sem três, agora só  falta passar pelo Guimarães, para o Chaves chegar à final e, no Jamor,  jogar com garra para tombar o Benfica!


Adepto do Chaves a retemperar forças, antes de regressar a Vila Real, em noite que, apesar de fria, não inibiu a claque flaviense de apoiar o  Desportivo durante  todo o jogo.


Dia 17 de janeiro  de 2017 já está nos anais gloriosos do Desportivo.
Agora, em Chaves ou na Cidade Berço, que venha o  Guimarães!




quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A Bucheca do Dia de Reis

Gastronomia é cultura

Para o almoço do Dia de Reis, a minha mulher reservou uma bucheca de Travancas, feita pela São, servida com grelos e batatas da terra.


Ao contrário do bucho - butelo, como se diz noutras terras -  em que as costelinhas ou entrecosto são metidos no estômago do reco,  a bucheca é a mesma carne em  sorça (vinha d'alhos), mas curada na bexiga.


O azeite também é transmontano, da Terra Quente.


Cá  por casa, suponho que noutros lares também, a tradição gastronómica ainda é  o que era!




sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Dia de Reis

Adoração dos reis magos

Embora o primeiro presépio tenha surgido no século XIII, criado por São Francisco de Assis, para melhor compreensão da mensagem cristã,  em Portugal, o hábito das famílias o fazerem só se popularizou  nas últimas décadas.


Entre católicos, é comum fazer em casa um presépio, enfeitar uma árvore de Natal e colocar as prendas ao lado para serem oferecidas na Consoada. 
No entanto as pessoas mais velhas de Travancas lembram-se que na sua infância as prendas só chegavam no Dia de Reis.


É tradição cristã que no dia 6 de janeiro, os Magos do Oriente, guiados por uma estrela, chegaram a Belém, depois de terem estado com Herodes, para adorar o Menino Jesus, Deus encarnado homem, oferecendo-lhe ouro, incenso e mirra.