terça-feira, 17 de maio de 2016

Batatas nos linhares

            Chuva retardou o final da época

Abril, habitualmente, é o mês da plantação de batatas nas terras altas da raia. Antes, não é aconselhável por causa das geadas.


Este ano, todavia, a chuva, persistente, atrasou o plantio, estendendo a época de produção até quase ao fim de maio.



Antes de se deitar a batata nos sulcos, abertos pelo arado ou com a sachola, estruma-se a terra, lavra-se e fertiliza-se.


Mãos experientes plantam, a espaços regulares, batata de semente espanhola, holandesa, dinamarquesa ou escocesa. Nacional, oriunda do Planalto da Bolideira, deixou de haver. Políticas da CEE...




As batatas, depois, cobrem-se com enxada, como está a ser feito pelo Luís. Passadas   duas semanas, arrancam-se as ervas daninhas com guinchas.


A plantação é um trabalho que requer saber de artesão e experiência acumulada ao longo de anos.


Na época do plantio a boa disposição é reinante. 



A feminização da agricultura, uma evidente realidade.
A população disponível para o trabalho é o grupo etário dos idosos, acima de 65 anos. Não há outra!


Torna-jeira, um costume que a todos beneficia. Como neste linhar, onde três famílias participam na plantação do batatal de um vizinho.


Sem a entre-ajuda, no passado  teria sido mais difícil sobreviver.


Pagar jeiras tornaria incomportável os custos de produção!


Na Capital da Batata está enraizada a convicção de que os produtos são de melhor qualidade e sabor quando produzidos nas próprias terras. 
Ninguém discorda, pois não?


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