domingo, 27 de setembro de 2015

Meninas acólitas

Igreja em tempo de renovação


Duas meninas, uma de São Cornélio e a outra de Argemil, foram aceites para acolitar o senhor padre Delmino na celebração da santa missa.


A função de auxiliar do sacerdote na celebração da Eucaristia, tradicionalmente feita por rapazes, na paróquia de São Bartolomeu de Travancas era exercida pelo Zé Carlos e outros meninos, agora uns moços.



Com esta aceitação de meninas para auxiliares do padre, no ato litúrgico, a comunidade cristã da paróquia, acompanha a renovação imposta pelos novos tempos.


A sua inocência é cativante. Vamos rezar por elas, para que Deus as proteja. 


Parabéns às duas famílias




A dona Élia morreu

A Dona Élia morreu

A notícia da passagem para o Oriente Eterno foi dada pelo senhor padre durante a missa. 


Terça-feira, pelas 16 horas, será celebrado ofício de corpo presente, seguindo depois, como é costume, em cortejo fúnebre para o cemitério.



Ao Meco, ao Pedro e aos demais familiares, sentidos pêsames pela morte da mãe.



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

É tempo de abóboras

Abóboras, cabaças, botellhas...

Os de Travancas chamam cabaças às abóboras mas na Terra Quente são botelhas. São muitos os nomes do legume, tal como a variedade de abóboras.


Regionalismos à parte,  as cabaças,  nutritivas e saborosas, fazem parte, em doces e sopas, dos hábitos alimentares dos da montanha.


As cabaças de inverno, de casca dura, são grandes e conservam-se durante bastante tempo, servindo de alimento às cevas.


Campo de cultivo de aboboreiras na Regada.


Um regalo para a vista, com sabor a outono!


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O arranque das batatas

Campanha de 2015 terminou

Na semana que passou andei por São Cornélio, Argemil e Travancas à procura de quem tivesse batatas por arrancar.


Em seguida procurei saber quando e onde se faria o arranque.


Sexta à tarde,  entre Argemil e a capela do Senhor dos Aflitos. O terreno, onde em anos bons se colhem perto de 15 mil kg de batatas, ainda estava com  humidade, resultante da forte chuvada caída no início da semana.


No tempo em que as batatas eram vendidas à cooperativa, a campanha do arranque começava em setembro. Este ano, contudo, com o verão quente a dar um empurrão, começou em meados de agosto.  Semeadas em 19 de maio,  são as últimas batatas a serem arrancadas.


A produção no planalto da Capital da Batata, está em queda há vários anos. O preço pago aos agricultores, não cobrindo os custos, faz com que se procurem culturas alternativas, como o milho e a plantação de soutos.


Na Sexta, o arranque; sábado de manhã, a apanha.


Desirée e Kennebeck, as variedades produzidas nas terras da raia.


Para quê correr o risco de semear batatas que não sejam para consumo doméstico  e alimentação dos animais?  Cálculos feitos, por 0,30 cêntimos o quilograma, a produção seria rentável. Resta esperar que apareçam compradores a pagar esse preço.


Assim sendo, que se concretize a esperança e o risco do desafio seja aposta ganha.





quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Todos por Travancas e Roriz

Assembleia de Freguesia aprovou maqueta de brasão 

Os últimos presidentes das extintas juntas de freguesia de Travancas e Roriz - dois dinossauros do poder político  local, Gustavo e Ginja - selam com aperto de mão o apoio à criação, em 2013, da União das Freguesias de Travancas e Roriz.



Rogério Paulo Maldonado Pinto
Primeiro Presidente da União das Freguesias de Travancas e Roriz
Com a tarefa de dotar a autarquia de símbolos heráldicos: 
brasão, bandeira e selo.


Símbolo da unidade das duas ex-freguesias: duas batatas unidas, como elos de uma indestrutível corrente.




Divisa dos raianos do planalto de "Travancas Capital da Batata":  

Unus pro omnibus, omnes pro uno

 Um por todos, todos por um!


A união faz a força!


domingo, 6 de setembro de 2015

Flores de Arzádegos

Ofrecidas a Trabancas

Señora Placida, uma simpática mulher de Arçádegos, aldeia galega ao lado de Travancas, ofereceu-me há dias um ramo de flores, das que tem plantadas na sua horta e cuja oferta aceitei, para trazer à minha mulher, como complemento da prenda de aniversário de casamento.


Mas, de Arçádegos, nos últimos dias,  não vieram apenas as flores. Para a procissão do Senhor dos Aflitos, o senhor padre da aldeia, Don Digno,  autorizou  o empréstimo  da bonita imagem de Nossa Senhora das Dores, para que uma família de São Cornélio pudesse cumprir a promessa. 


A título de curiosidade, a foto do andor de cima foi tirada por mim, na procissão da festa da padroeira de Arçádegos,  deste ano. Nós, em Travancas, na procissão do Senhor dos Aflitos,  temos sempre muitos andores, enormes, carregados aos ombros. Os nossos vizinhos galegos, pelo contrário, levam apenas um e pequeno, como quem carrega um caixão ou uma padiola.  Embora sem tanto sacrifício, a devoção, no entanto, deve ser igual!


  O encontro com a Dona Plácida deu-se aqui, perto da bonita fonte de mergulho que o Concelho de Vilardevós mandou restaurar há anos atrás, quando fez obras de recuperação de caminhos por onde passavam os contrabandistas. 


Lavadouro público, junto ao Rigueiro da Fraga, usado pelas lavadeiras, numa época em que não havia ainda máquinas de lavar roupa. 


"xa fun tres veces a Fátima", confidenciou, orgulhosa da sua peregrinação ao santuário, a Dona Plácida, sogra de um rapaz de Argemil da Raia.


E quen di que de Arzádegos non vén bo matrimonio, santo milagreiro e flores perfumadas?