terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Nevada noturna

Nevoeiro e tarde ensolarada derretem a neve

Argemil, São Cornélio, Roriz e Travancas acordaram cobertas de neve. Durante a noite só nevou nas aldeias da montanha, de Águas Frias e Mairos para cima. As imagens são de Travancas ao  fim da manhã.




Descendo do Vale Grande para Travancas.


Rua Camões


















A caminho da Bulideira


Fraga Bulideira



Peregrinação



"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá."
São João, cap. 11, vers. 25


Rua do cemitério

Oração pelos que partiram para  Deus.


Flores na sepultura  do senhor João Cassiano, cujo funeral se realizou há dois dias.


R. I. P.  - Requiescat IPace





domingo, 18 de janeiro de 2015

Funeral do senhor Cassiano

Por quem os sinos dobram?

Realizou-se esta tarde o  funeral do senhor João Cassiano, falecido na sexta, depois de no dia anterior ter sido levado de urgência para o hospital de Chaves.


O cortejo fúnebre partiu da casa mortuária para a igreja matriz, onde o senhor Padre Delmino celebrou, pelas 14 horas, uma missa de corpo presente.



A missa de sétimo dia será realizada na próxima terça-feira, pelas 11 horas, na igreja de São Bartolomeu, em Travancas.


O senhor Cassiano vivia no Lar do Senhor dos Aflitos. Dele, nonagenário de poucas falas, vou guardar o sorriso tímido e a imagem de homem sempre sentado, com aprumo, numa cadeira, ao lado da companheira que escolheu para a caminhada terrestre. 



O funeral de qualquer vizinho é um acontecimento que entristece toda a comunidade, sendo muitos os que ao toque dos sinos acorrem ao velório, à missa ou ao cemitério, para dizerem o último  adeus a um dos seus.


Sentidos sentimentos à família enlutada, pela partida do ente querido para o Oriente Eterno.



Foi há um ano... a 10 de janeiro de 2014.
Agostinho. 
-Presente!




sábado, 17 de janeiro de 2015

Iuupiii! Bem-vinda, ó neve!

Cai neve na Natureza
e cai no meu coração

 


Balada da Neve

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.



É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…



Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!



Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Augusto Gil 

Fotos de arquivo

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Rei magRo ...

 Hoje, Dia de Reis,  sinto-me mesmo!

Hoje, pela manhã, aquela que escolhi para companheira da jornada terrena, quando ainda estava meio ensonado, veio pedir-me os reis. Todavia, apesar de me ter esquecido da tradição, quem os ganhou fui eu, afinal,  e não ela.








Travancas, por seu lado, como tem sio habitual este inverno, acordou coberta por um manto branco de geada; noutros dias, são as névoas.



Diz a tradição que neste dia, há mais de dois mil anos, em Belém, os Reis Magos, guiados por uma estrela, visitavam o Menino Jesus e lhe ofereciam ouro, incenso e mirra.



Ao fim do dia recebi outra prenda, sob a forma de um  comentário à postagem "Bucho da São".  Gostei tanto do texto que o transcrevo, prestando apreço ao seu autor, cavalheiro  de letras, cultivador de um saboroso estilo galhofeiro.


Anónimo disse...

“Rei magRo!”

Para Os DAÍ, que estão AÍ, (porque «estão» ou porque puderam ir AÍ) estas «coisas» (nem é bom chamá-las pelo nome, pois “atão” inda teríamos uma maior perturbação “ciclónico-cerebral-gustativa”), inda vá que não vá, se ponha aqui esta meia dúzia de retratos.

Mas, para OS DAÍ (porque não estão AÍ, e porque não puderam ir Aí) a Um porem-lhe MAIS CINCO é que é mesmo uma afronta, um verdadeiro «SOPAPO», um autêntico «MURRO no ESTÔMAGO»!

E, «ós-despois», ‘inda há quem se admire do «mal d’inbeija»!
O autor do Post(al) é mesmo maroto: devia ficar só pelo prato de arroz doce!
Mas, sabendo da nossa «fraqueza» (não estivéssemos nós assim há tanto tempo sem meter o dente num grelitos dessa qualidade) vem-nos aqui arreliar desta maneira!




Se a Minha AVÓ SÃO, fosse viva e se a Minha SOGRA SÃO fosse viva inda lhes poderia chorar no colo e fazer-me calhar «um cibeco dum migalho» de coisas boas como as que o autor do Post(al) trincou!
A Minha Filha SÃO, que de remédios de Farmácia é muito entendida, é que não me pode valer nesta aflição de aumento de apetite assim provocado!
Ai, Tia SÃO de Travancas da Raia, d’hoje prà frente conte com mais um sobrinho e vizinho!


Hoje, «Dia de reis», sinto-me mesmo um “rei magŖo”!
M., 6 de Janeiro de 2014
Luís Henrique Fernandes

Luis - Tupamaro na blogosfera -  é autor do livro Missa do 7º Dia, cuja crítica, feita pela minha cara metade, tive oportunidade de publicar em Ferrado de Cabrões.



sábado, 3 de janeiro de 2015

Bucho da São

Ceia de fim-de-ano
Com sabores transmontanos

De há uns anos para cá é costume em minha casa, na ceia de passagem de ano, não faltar o bucho da dona Conceição - São, como os amigos e vizinhos a tratam.


Bucho, para os não transmontanos, é o nome que se dá ao estômago do porco e é também  o nome de um tradicional enchido em que em vez de tripa se usa o estômago do reco.  Recheado com costelas sorçadas e cebola,  é atado e pendurado nos lareiros para curar ao fumo durante pelo menos duas semanas.


Prato tradicional de bucho cozido com grelos e batatas.


A dona São, como referido em anteriores ocasiões,  produz  todo o tipo de fumeiro, incluindo chouriças de cabaça.


A mirgada, fruta da Terra Quente, apreciada em casa, especialmente por mim.


Na sobremesa da ceia de fim de ano não podia faltar o tradicional arroz doce.