sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tempo de Castanhas

Petróleo de Trás-os-Montes

Travancas é terra de castanha. Os mais velhos ainda se recordam dos tempos em que se comia caldo de castanhas com frequência e ao serão se faziam bilhós, para dar aos recos, no dia seguinte.



O tempo das castanhas dura, enquanto as houver para apanhar. A apanha é feita no chão, quando os ouriços se abrem e o fruto tomba do castanheiro.


Não se pagam jeiras. O trabalho é feito por familiares, alguns vindos de longe para o efeito.   Quando os donos não as podem apanhar, dão-nas de meias ou de terças.



Em Travancas cultivam-se as variedades longal, judia e brava não enxertada. A falta de chuva no  início do outono, afetou-lhes o tamanho, que é mais pequeno, este ano. Na aldeia, a castanha foi vendida a 0,50 e a 0,80 cêntimos o quilograma ao intermediário.  Nos centros urbanos, a dúzia é vendida a dois euros ou mais.



Perante a queda dos preços da batata e do centeio há, em Trás-os-Montes,   região de maior produção de castanha do país,  quem veja na plantação de soutos uma boa fonte de rendimento. Travancas, onde há cada vez mais soutos, não escapa ao movimento de busca de um novo eldorado.  


Castanheiro com mais de quinhentos anos, no vale da Bouça. Oxalá seja acarinhado e preservado.

Tempo de castanhas é tempo de magustos, de convívio  com familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e desconhecidos. Este fim de semana promete, apesar da chuva!







Sem comentários: