segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Senhor dos Aflitos 2010

Três dias de festa!















A festa, feita em conjunto pelas três aldeias da freguesia, começou no sábado à noite, com a procissão das velas, desde a igreja paroquial, até à capela do Senhor dos Aflitos.




Os Lobos
São ciclistas BTT de Chaves. Passaram por Travancas, no domingo de manhã, a caminho da praia de Segirei. Encontrei-os no Café Central.

Entre eles estava o conhecido pintor flaviense Mário Lino, cuja obra aprecio pela qualidade plástica e por retratar "o povo transmontano". Foi graças a ele que Os Lobos, incluindo neles uma jovem, aceitaram posar, de bom grado, para o blogue Travancas da Raia.



Nós, os transmontanos, quando é festa, é sempre farta a mesa!



Este ano a procissão passou diante do lar da terceira idade e do nicho de São Bartolomeu. Acompanhei-a até meio do percurso. Depois, como saí de Travancas, não assisti ao leilão, ao arrraial e à descarga de foguetes.






Como habitualmente, integravam a procissão,  - abrilhantada pela banda de Perafita, concelho de Montalegre - andores do Senhor dos Aflitos, de Nossa Senhora de Fátima, de Santa Bárbara e dos patronos de cada uma das três aldeias da freguesia.


Terceiro dia de festa


Apesar de segunda-feira ser dia de trabalho, muita gente passou, durante a tarde, pelas tascas dos mordomos para beber um copo com amigos e familiares.



A atração da noite foi a Jessica, acordeonista natural de Argemil. Antes dela, a assistência, bem composta, ouviu e bailou modas que falam de amor.

Susto ao amanhecer


Sino a rebate acorda aldeia


É fogo! É fogo!
Travancas dormia, a descansar do arraial do Senhor dos Aflitos, quando o sino da igreja paroquial, tocando a rebate, tirou da cama, sobressaltadas, as gentes da terra.



Foi tudo a correr, alguns, aos gritos, na direção de onde se avistava o fumo. As mulheres, na primeira linha, carregam baldes de água para apagar as labaredas.  Vivem-se momentos de grande tensão e medo. Invoca-se o Senhor dos Aflitos.



Numa onda espontânea, de solidariedade entre vizinhos, todos saem de casa com uma ferramenta para ajudar no combate ao incêncio.



Os mais destemidos lutam sem tréguas contra o fogo, para salvar bens, animais e pessoas.



A população foi apoiada, posteriormente, pelos bombeiros de Chaves, destacados em dois carros de combate.



Às sete da manhã já o fogo estava sob controle.  Alguns começaram a regressar a suas casas, aliviados.


Agentes da Guarda Nacional Republicana tomaram conta da ocorrência e um trator fez regos no restolho para evitar a propagação do incêncio, caso se reacendesse.




Arderam os fardos do senhor Eduardo, cerca de duzentos, e duas árvores em criação, ao lado do seu armazém e da sua casa.



Os danos materiais poderiam ter ser sido maiores, se o alarme não tivesse sido dado no início do incêndio  e o povo não tivesse acorrido, com prontidão e eficácia.



Consta que um guarda de Argemil, regressando do trabalho, viu o fogo e terá alertado um vizinho do senhor Eduardo, que dormia profundamente.




De manhã, não se sabia ainda a origem do incêndio. Presumia-se que não estivesse relacionado com o fogo de artifício do Senhor dos Aflitos. Terá começado a arder, primeiro, o monte de lenha ao lado dos fardos, aventando-se a hipótese de ter sido alguém a largar no local uma ponta de cigarro acesa.



Regando as couves, plantadas dias antes, com as folhas crestadas pelo calor das chamas.



Desde os primórdios da humanidade que o fogo, fonte de luz e calor, é considerado um símbolo sagrado e temido pelo seu poder destrutivo.  O susto que causou em Travancas passou; na memória ficam momentos de angústia.



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

São Bartolomeu 2010

Patrono da aldeia



Travancas tem duas festas muito próximas. A 24 de agosto festeja-se o padroeiro, São Bartolomeu; e no último domingo do mes, o Senhor dos Aflitos, festa da freguesia partilhada com  São Cornélio e Argemil.




Um sol radioso iluminou Travancas desde a manhã do dia 24. Acordado ao som da marcha

"Ó Chaves nobre cidade
Pelo Tâmega beijada
Deixas sempre uma saudade
Terra linda… Terra amada!"

fui até ao Largo de São Bartolomeu, local de onde vinha  a música Por lá ia passando quem se dirigia ao Café Central ou tomava o rumo da igreja, para a missa do padroeiro. Na aparelhagem cantava-se   "Mais chegadinho é bom! Mais chegadinho é bom!" 



Início da procissão
As confissões, feitas por três sacerdotes, não evitaram que a missa começasse atrasada. Mas, as  mulheres, mais que os homens, foram muitas a confessar-se. Alguém sabe explicar a que se deve a desproporção? 





Tradicionalmente, o andor de São Bartolomeu dá a volta à igreja mas, este ano, deu a volta ao povo, passando diante da casa de quem pagou a promessa.




Os homens dos pendões não são sempre os mesmos. Hoje veio-me à memória a imagem do senhor Acúrcio a levar a bandeira...



Diante do Lar da Terceira Idade, uma oração. Antes, a procissão também parara no nicho do padroeiro situado no Largo de São Bartolomeu.




Regresso à igreja
Os dois rapazes, com almofadas colocadas aos ombros, aguentaram bem o peso do andor. Ao vê-los, colaborantes nas ativdades religiosas ou participando nos trabalhos do campo, interrogo-me até quando vão ficar na aldeia.


Senhor padre Delmino a rezar, no adro, as orações com que finda a festa religiosa do São Bartolomeu.



Arraial


Durante a tarde a música não parou de tocar. À noite, o arraial foi abrilhantado por um conjunto que pôs velhos e novos a bailar as modas. A festa foi rija, o tempo ajudou, não se cumprindo a tradição de o São Bartolomeu ser dia de chuva.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Partiu para o Pai

"O coração da Lisabó parou"


Aqui jaz Helena de Jesus, junto de seu esposo, Artur Vasconcelos  Vaz, falecido em 1 de setembro de 1978.



A senhora Helena, tratada carinhosamente por tia Helena Vaz, faleceu dia doze de agosto, aos 91 anos de idade. Teve uma prole numerosa, quatro rapazes e sete raparigas, nove dos quais estão vivos. Na sua descendência, contam-se ainda dezanove netos e cinco bisnetos. Para um deles, o Ugo, a bisavó morreu porque "O coração  parou, como o do meu pai".




A vida é um ciclo de nascimento e morte, durante o qual crescemos e nos multiplicamos. Assisti a alguns funerais em Travancas, Argemil e São Cornélio; há dias, a um casamento de emigrantes; mas ainda não soube de nenhum nascimento na freguesia! Na época em que a senhora Helena era jovem, a natalidade suplantava a mortalidade e a comunidade aldeã reproduzia-se através de crescimento natural. E hoje?


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mariage au village

Casamento de emigrantes na aldeia

Aos 12 de agosto do ano de 2010, da era de Cristo, uniram-se pelo matrimónio, na igreja de São Bartolomeu de Travancas, os noivos David e Jennifer, residentes na região de Paris.
Le 12 Août 2010, se sont unis par le mariage, dans l'église de Saint-Barthélemy de Travancas, le couple David et Jennifer, résidents dans la région parisienne.


Segunda geração preserva a tradição de casar na terra de origem.
La deuxième génération maintient la tradition de se marier dans leur pays natal.


Valoriza e identifica-se com a cultura tradicional.
Apprécie et s'identifie à la culture traditionnelle.


Inova
Innove


O dia é de festa na aldeia.
C'est la fête au village.



Esperando a noiva...
Tandis que la mariée n´arrive pas


Já podemos entrar, esperá-la no altar!
Ça y est, elle arrive!



A rapariga dos pés calçados.
Que c'est jolie!



Princesinha
Que c'est mignonne!


Pai e mãe felizes
Papa et maman heureux!













Padre Delmino Fontoura -Em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, eu vos declaro marido e mulher!
Monsieur le prêtre -Au nom du Père, du Fils et du Saint-Esprit, je vous déclare mari et femme




Viva os noivos!
                       Vive les mariés!


























E como nos contos de fada...Et comme dans les contes de fées ...
Casaram, ils se sont mariés,
tiveram muitos filhos  ont eu beaucoup d'enfants
e viveram felizes para sempre! Et ils ont vécu heureux à tout jamais!